terça-feira, 22 de outubro de 2013

Robert Capa: 100 anos de seu nascimento.


     Verdadeiro bon vivant, ele introduziu o glamour na profissão e é considerado o maior fotógrafo de guerra do século XX. Robert Capa, nascido Endre Ernõ Friedmann, em 22 de outubro de 1913, em Budapeste, Hungria, teve uma vida, no mínimo, movimentada. Ainda adolescente, em virtude de forte repressão política, foge de seu país natal para Berlim, Alemanha, onde estuda na Faculdade de Ciências Políticas e se aproxima do jornalismo, encontrando trabalho na Deutscher Photodienst (Dephot), a maior agência de jornalismo da Alemanha na época.   

     A carreira de Capa como fotógrafo tem início em 1931, quando, em um congresso em Copenhague, consegue a proeza de fotografar Leon Trótski em meio a várias dificuldades. Em 1932, ruma à Viena e em 1933, para Paris, fugindo do regime nazista. Na frança, passa por sérias dificuldades financeiras, sendo obrigado a tirar sustento do rio Sena. Ainda em Paris, conhece a jornalista e fotógrafa, Gerda Taro, sua primeira namorada. Juntos eles inventam o "famoso" fotógrafo americano, Robert Capa, nome pelo qual ficou mundialmente conhecido. 

                        

     Simpatizantes da causa republicana, Capa parte com Taro para a Espanha em meio à Guerra Civil. Lá ficou amigo de intelectuais e artistas, como Ernest Hemingway e Pablo Picasso. Em 1936, sua cobertura do conflito ganha projeção e levanta polêmica com uma de suas fotos mais conhecidas, "Morte de um Miliciano" ou "O Soldado Caído", cuja autenticidade foi contestada por muitos. 

                        

     Em 1937, Gerda Taro encontra a morte, atropelada por um tanque de guerra desgovernado. No ano seguinte, Capa segue para a China, para fotografar o conflito sino-japonês, indo para Nova York um ano mais tarde, onde passa a trabalhar para a revista Life. Como correspondente de Guerra na Europa, ele cobriu o desembarque das tropas aliadas na Normandia, a libertação de Paris e a Batalha do Bulge. Seus registros fotográficos da Segunda Guerra Mundial são insuperáveis. Com sua Leica 35 mm, que permitia maior mobilidade, Capa conseguia retratar detalhes até então inéditos em coberturas de guerra, como os rostos e sentimentos das vítimas e combatentes. 

                        

                        

                          

                          

                        

                        

                                          

     Após a guerra, em 1947, já uma lenda, Capa funda a agência Magnum Photos, juntamente com David Seymour, Henri Cartier-Bresson, William Vandivert e George Rodger. A agência revolucionou o mercado internacional de direitos autorais na fotografia. Capa também visitou a União Soviética de Stalin e registrou o conflito entre árabes e judeus em 1948.

     Esbanjador inveterado e mulherengo incorrigível, tendo namorado algumas estrelas de Hollywood, Capa tornou-se odiado por alguns que o consideravam cínico e arrogante. Em 1954, aos 41 anos de idade, parte para a Indochina em missão pela Life e no dia 25 de maio desse mesmo ano morre ao pisar sobre uma mina terrestre. Seu corpo foi encontrado com as pernas dilaceradas, mas a câmera permanecia entre suas mãos.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Capa
http://www.magnumphotos.com/C.aspx?VP3=CMS3&VF=MAGO31_9_VForm&ERID=24KL535353
http://www.oescafandro.com.br/fotografia/mestres-da-fotografia-robert-capa-ligeiramente-fora-de-foco/
http://g1.globo.com/platb/maquinadeescrever/2013/09/15/1650/


















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